Nossa História

Em 1928, um dos pontos de referencia da região do Moinho Velho era uma bela e majestosa Paineira, localizada no cruzamento do final da rua Sete Barras com a rua Prof. João Machado.

Próximo dali havia uma capelinha de aproximadamente 2 por 3 metros, conhecida como Capela Santa Cruz dos Britos, mandada construir pela família Britos, que a construiu em retribuição a uma graça alcançada. A comunidade utilizava esta capela como ponto de encontro. Em cada encontro, uma família se encarregava de organizar uma reza para o primeiro domingo do mês seguinte. Esta reza se iniciava por volta das 19h.

O ponto alto sem dúvida era o dia 3 de maio, quando se realizava a festa da Santa Cruz. Segundo informações remotas, 1931 é o primeiro ano em que esta festa foi realizada.

Todo mês era sorteado um membro da Irmandade, composta de membros da comunidade, para rezar um terço em conjunto e arrecadar fundos para a festa. Foi quando Dona Maria Senhor e seu esposo ficaram encarregados de serem zeladores da capela.

Com o passar dos anos, a capela se tornou pequena, a comunidade decidiu demoli-la construindo outra em seu lugar. Esta nova capela tinha apenas 12 m², ainda em um terreno de aproximadamente 80 m². O terreno em que se encontrava a capela foi vendido pelos Britos para o Sr. José Torres, que tinha a intenção de derrubar a capela e construir outra no alto do morro. Os moradores se organizaram e, com a liderança da família Oriente, negociaram com os Torres a fim de reverter a situação. O povo saiu vitorioso! A capela foi defendida e permaneceu onde sempre esteve.

Ao que tudo indica, o primeiro padre a celebrar a missa na capela foi o Pe. Agnaldo, vigário da Freguesia do Ó. Depois dele, o celebrador passou a ser o Pe. José Colaço, também vigário da Freguesia do Ó, que encabeçou um movimento no sentido de comprar o terreno ao lado e ampliar a construção da capela. Este movimento foi coroado com êxito. A capela foi novamente demolida e, em seu lugar foi construída uma outra medindo mais ou menos 25 m².

Como o Pe. José não concordou com as novas recomendações litúrgicas aprovadas no Concilio Vaticano II, foi substituído pelo Pe. Noé. Com o Pe. Noé foi criado então o primeiro Conselho Paroquial.

A primeira atividade deste conselho foi a de reunir fundos para comprar o terreno ao lado da capela para ampliá-la. Após conseguir esses fundos, ergueu-se a antiga nave, foi fundada a Associação das Damas da Caridade, também a Liga Católica “Jesus, Maria e José” e as aulas de catecismo eram dadas por dois seminaristas.

O nome da paróquia foi dado devido a uma imagem do Bom Jesus dos Passos que se encontrava na igreja da Freguesia do Ó e que foi trazida para a capela, que foi elevada a Paróquia em 23 de maio de 1975.